5 de junho de 2011

Foi assim... só de você.





"e tudo nascerá mais belo, o verde faz do azul com o amarelo
um elo com todas as cores pra enfeitar amores gris."




Sábado. 04 de junho de 2011. 15h. O primeiro a chegar. Eu já sabia que aquele seria um dos melhores dias da minha vida. Dia em que eu teria uma das melhores e maiores emoções jamais presenciadas. Mas nem mesmo em um momento de maior fanatismo podia imaginar que seria tudo tão especial, tão perfeito, tão... tão Maria Rita. Logo cedo fui pra fila e lá mesmo já fui conhecendo outros maricóticos e, enquanto a hora não passava, fomos conversando, nos conhecendo, trocando experiências. Era meu primeiro show e eu não sabia o que esperar. Sabia que, de longe, seria o meu preferido. Que esse dia ficaria para sempre gravado em mim. Eu ficava viajando em pensamentos, querendo saber quais músicas a Maria Rita iria cantar. Embora já soubesse o setlist, também sabia que ele não era fixo. Especulava quais reações teria se ela cantasse determinada música e o que ela significava pra mim. Faltando pouco mais de uma hora pro show começar, os portões abriram. Depois de sair correndo de forma desesperada, fui o primeiro a entrar.

Nesse momento, eu já não era mais responsável pelas minha atitudes. Não conseguia controlar minhas emoções, meu coração, meu corpo. Era uma emoção diferente, nova. Saber que, em instantes, entraria, no palco que estava logo na minha frente, a minha cantora favorita. Eu estava tão perto. A casa foi começando a encher, encher, encher... E ela apareceu.





Desse momento em distante, eu já fui tomado por uma onda de emoção, um frenesi, uma vontade incontrolável de gritar, gritar, gritar, pular, cantar, gritar. A primeira música foi Conceição dos Coqueiros. Minha nossa, que voz, que presença, que envolvimento com a plateia, que expressão... QUE CANTORA! Eu ainda não sei como descrever o indescritível que foi esse show. Eu fiquei atônico desde o primeiro momento e ainda estou revivendo uns flashes do espetáculo. Depois, foi a vez da Santa de Santana chorar sangue e eu já estava perdendo os cabelos, literalmente. Já não me importava com ninguém que estava ali: éramos só a Maria Rita e eu. As palavras já se tornam difíceis de serem ditas. Eu não sabia se gritava ou cantava. Na maior parte do tempo, eu fiz as duas coisas: cantei gritando. Após perfeitamente, foi a vez da Maria Rita cantar Djavan... e, uau! Eu não vou explicar o que aconteceu nessa hora. Ao final do post vocês vão ver um vídeo que "dirá" por mim.

"quando a gente ama, brilha mais que o sol. é muita luz, é emoção, o amor.
quando a gente ama, é o clarão do luar que vem abençoar o nosso amor."

Passado esse começo, chegou a hora das músicas que estamos habituados a ouvir: as que estão nos CDs. Casa cheia, casa vibrante, cantante, alegre. Do jeito mais mineiro possível, fomos passando nosso calor humano à Cantora, expressando, de todas as formas, o nosso amor por ela. Músicas lentas, músicas animadas, músicas que tinham mais história para uns, músicas que tinham mais história para outros. Músicas que tinham história para mim. Algumas me lembraram amigos; outras, momentos que se foram. Uma, em especial, é a música do meu namoro. Mesmo nas músicas que não falavam de amor, cada vez mais eu me apaixonava por ela. E eu que pensava que não era mais possível. Mas vendo a Maria a um, dois metros de distância, eu sabia que esse amor não cabia em mim. Era impossível ficar parado. Mesmo sentado, eu não parava de dançar, sambar, mexer os braços, as pernas, tudo. E cada hora que ela olhava na minha direção, eu tinha a certeza de que ela me via completamente louco e ainda estou tentando deduzir se isso é bom ou ruim. Como disse o @wesmariano, citando a própria Maria Rita: "Contenha-se, querido". Mas como era possível conter tamanhos felicidade e amor, naquela mistura de sentimentos inexplicáveis e perfeitos? O tempo foi passando e, à medida que ela cantava, mais eu queria ouvir e menos eu queria sair dali. Uma hora e meia que, para mim, pareceram cinco minutos... eu queria mais, eu quero mais. Mais emoção, mais música, mais samba, mais Maria Rita. Quero tudo isso de novo. Cada pedacinho, cada momento. Sei que em breve irei a outros shows, mas nenhum terá o mesmo gostinho. O que aconteceu ontem nunca mais vai repetir e, por mais que haja fotos e vídeos, o que eu senti está apenas dentro de mim, incapaz de ser expresso de forma completa. Simplesmente não dá pra explicar o dia de ontem e, por mais que eu fale, nunca vou conseguir colocar tudo pra fora. Foi o show, o momento, as músicas, a cantora...


Meu momento maricótico-mor! Hahaha.